domingo, maio 13, 2007

Devoro-me sem querer

Dantes ainda conseguia explicar.
Agora já não.
Resta-me o desejo de não tentar sequer escrever.
O medo da certeza assusta-me.
A certeza de que as palavras já não estão em mim.
Ou estão e preferem simplesmente ficar.
Há algum tempo não conversamos, daí a minha dúvida.
Engraçado.
A maioria das minhas dúvidas surgem sempre da falta de diálogo.
Tenho a mania de achar que tudo se pode resolver com palavras proferidas,
escritas,
dadas.
Da mesma maneira que sei que tudo se corrói com as que ficam guardadas.
E é assim que me sinto.
A ser devorada pelas palavras que me enchem.

Se ao menos houvesse alguém que as chamasse… talvez elas viessem.

Tenho saudades minhas.

7 comentários:

code disse...

Resistindo à tentação de fazer copy paste do comentário que deixaste no meu blog, espero que consigas soltar-te e reencontrar-te, com ajuda ou sem ajuda de alguém que te chame.

Abraço,
André.

B.A.B.E. disse...

não sei se já disse mas... odeio silencios!

e tb tenho saudades tuas.

um dia voltas, pois voltaS?

R. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
R. disse...

Não me incomodam os silêncios. Incomoda, sim, não ter com quem os partilhar.

B.I.T.C.H. disse...

André: =)eu tb! (ser tão consciente tem destas coisas. Faz-nos saber onde estamos, mas infelizmente n nos dá a capacidade de nos movimentarmos. A essa parte cabe a vontade e a força!)

Amora: volto. Promete que me reconheces!

Rp: Não é assim tão linear. Os silêncios são relativos demais. Digo eu, que é desta forma que sinto, agora.

MiSs Detective disse...

o silencio pode nao ser constrangedor se for cúmplice.

Mas entendo muito bem a parte do teu texto quando escreves que tudo se corrói com as palavras que ficam guardadas. As minhas dúvidas são sempre fruto dos meus probelmas de expressão. Há silêncios, muitos, por derrubar.

Francis disse...

ena miuda, estas a precisar de tempo...calma, mais dias virao assim, tudo tem o seu tempo.