As Marias e os seus Triquinis nas Avencas

Os seus corpos perfeitos, esturricados do sol, cabelos ondulados cor-de-mel com pontas queimadas desse mesmo. Sol. As covinhas no fundo das costas. A tatuagem no sitio. E os seus cá-cá-cás irritantes. Os seus não é "Querida, mudei a casa!" é "Que-riii-dooo, mudei a casa!". A imperial a um e setenta e cinco. As ondas de metrão, de metro e de metrinho. A praia da poça e a costa da caparica e o mês nas Maldivas com o dinheiro sacado da gaja com quem ele andava. Este gajo come tantas que é tipo um Zézé Baptista. Mítico. Os calções de metro e meio. Mítico, puto! Mítico! A prancha de 6/1, larguinha, uma prancha australiana... vamos lá ver como é que se porta. O Manuel e a raqueta. As Marias jogam volei com os bikinis enfiados. A Bela e o Monstro part II, versão Avencas. Porque se o Gonçalo me ligar eu vou, mas senão é um filho da puta e nunca mais tenho nada com ele. Espalha magia, puto! E assim se passam 3horas a conversar à beira mar em pé, a contrair o abdominal. Psicoterapia. Escreve os problemas numa bolinha de papel e engole, diz ele. Muita gaja pouco gaja. Muito gajo. Sungas brancas pornográficas. Gente a mais. Com músculos a mais. Uma anã. As divorciadas quarentonas que vestem na Bershka. A criança irriquieta com o mesmo nome que eu e a mãe histérica que me gasta a cor do nome de 2 em 2 minutos. E o nadador-salvador a 3 minutos da urgência não-urgente. A piada fácil enquanto me trata o corte que não pára de sujar tudo com vermelho. Sim, porque as Marias de triquinis não cortam o pé na praia das Avencas. Mas eu corto. Fodass. Não consigo ler o livro. Tenho fome. Tchau pessoal! Boa praia!